A alta rotatividade de empregados e seus efeitos negativos

 O excesso de demissões, sejam voluntárias ou involuntárias, geram prejuízo às empresas

 Por Amaury Santana*

Existe uma falsa ideia de que uma empresa deve sempre estar trocando de funcionários por motivos como: não os viciar em hábitos ruins no trabalho ou não passar muito tempo por questões de valores indenizatórios caso haja demissão.

Que vou explicar agora para vocês. Que não passa é um mito. Não é bom ter uma alta rotatividade de empregados em uma empresa. Esse processo também é conhecido como turnover. Este indica alterações no quadro de funcionários. Quando este desligamento ocorre. Quando é pedido pelo empregado. 

Uma empresa é feita de pessoas que precisam de experiência, prática, incentivos, espírito de equipe e reconhecimento para apresentar êxito. O sucesso de um negócio está diretamente ligado ao desempenho positivo de uma equipe.

Se existe alta rotatividade de colaboradores, há algo de errado. Caso seja excesso de demissões por parte da empresa, deve-se analisar o motivo que leva essas pessoas a não conseguirem atender às expectativas do cargo. Seria um problema no processo seletivo? De adaptação ao meio? Não vamos levar em consideração aqui questões financeiras. 

Caso os desligamentos frequentes ocorram por parte dos funcionários, é preciso analisar e saber por que eles estão saindo. Uma forma ter conhecimento sobre esses motivos é realizar as entrevistas de demissão. 

Um dos principais problemas identificados com a alta rotatividade de empregados é a perda de competitividade saudável entre os colaboradores. Com a saída frequente de funcionários, outros colaboradores se desmotivam e avaliam a razão de cada um que deixa o cargo. Fora a sensação de insegurança nos casos em que há demissões frequentes. 

Independente de desligamento voluntário ou involuntário. Sempre há um prejuízo para empresa. Na hora de realizar nova seleção. Contratação e adaptação do novo funcionário, além dos custos com indenizações.

Uma das principais explicações. Para um pedido de demissão do empregado. Seria a baixa remuneração. O ideal seria rever o valores dos salários pagos. Oferecer outros benefícios como alimentação e transporte, além de ser obrigatório para muitas empresas, é uma forma de incentivo. Um negócio com boa arrecadação também pode oferecer outras vantagens. Esses extras sempre motivam. 

Outro ponto a ser analisado é o clima do ambiente de trabalho. Locais com muita fofoca, intrigas, diferenciação de tratamento e assédio moral são totalmente nocivos, o que incomoda muita gente e interfere na saúde mental. É preciso estar de olho nessas situações e evitar que problemas desse tipo ocorram. Há diversas maneiras de resolver essas questões que não podem passar de forma batida. 

Falta de oportunidades também é um agravante. Se o funcionário trabalha em um local onde não há para onde crescer e não tem incentivo para isso, a tendência é que venham a insatisfação, a busca por oportunidades fora da empresa e, consequentemente, o desligamento voluntário. 

Como resolver?

Listando motivos, é hora de trabalhar em um processo chamado de retenção de talentos. Ele engloba uma série de ações e tem como objetivo melhorar e organizar o ambiente de trabalho que vai desde planos de carreira até horários mais flexíveis. 

Uma dica importante para trabalhar de forma preventiva é fazer uma pesquisa de satisfação periódica com os colaboradores. Neste questionário deve-se tocar em pontos-chave. Ao exemplo do que incomoda o colaborador. Um outro assunto que deve ser abordado é sobre sugestões de melhorias para desempenho do serviço. 

Isso faz, a empresa trabalhe de maneira preventiva. Evitando perder colaboradores. Que já estão contribuindo e podem contribuir ainda mais. Por questões de ajustes de conduta e melhorias de benefícios, que muitas vezes não tem grande custo, pode-se evitar os desligamentos voluntários.

Investir em material humano significa sucesso para sua empresa. Um ambiente com pessoas satisfeitas, motivadas, capacitadas e reconhecidas só gera alta produtividade.  É preciso ter isso em mente e deixar de lado práticas obsoletas e desagregadoras de trabalho. 

*Amaury Santana é contador e CEO da Andrômeda Contabilidade. Pós-graduado em Auditoria e Controladoria pela UNIFOA. Autor do e-book Guia Prático do Microempreendedor Individual.

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