Empreendedorismo nas comunidades tem grande potencial

Muitos moradores de comunidades podem crescer com o empreendedorismo, mas é preciso apoio

Por Amaury Santana*

As comunidades das periferias brasileiras respiram empreendedorismo, mesmo que muitos moradores não saibam disso. Naquele local onde mora um grande grupo de pessoas existe a dona Maria que é manicure e atende em casa, o seu Zé que conserta sapatos e assim vai.

Dentro de um bairro, o empreendedorismo toma conta. Cada um se vira como pode para ter a sua renda. Com a alta taxa de desemprego, a busca por trabalhos informais aumenta a cada dia.  Na pandemia, a situação piorou. Então, é preciso buscar saídas.

Não romantizando, mas vendo de forma positiva, o lado empreendedor de muita gente foi despertado. Já ouviu a frase “é na crise que surgem oportunidades”? E podemos acrescentar a essa máxima “surgem oportunidades de empreender”. E isso é real. Na dificuldade é preciso pensar em ganhar dinheiro para o sustento. Esse despertar de ideias fortalece o empreendedorismo.

Mas essas pessoas com mentes empreendedoras precisam de ajuda. Ficar na informalidade não é vantajoso. O apoio de órgãos e instituições que apoiam o crescimento do empreendedorismo é essencial. O Sebrae é um grande exemplo de um local que desenvolve um trabalho importante para estimular esses pequenos e iniciantes empreendedores, principalmente aqueles que têm menor poder aquisitivo.

Quando se fala em empreendedor, muitos ligam essa palavra a pessoas com melhor condição de vida, mas aí está um grande engano. Nas comunidades/favelas têm muitos negócios que podem ter um grande futuro. Com uma boa orientação, muita gente tem potencial de crescer bastante.

Recentemente, foi realizada em São Paulo a Expo Favela, que mostrou cases de sucesso de comunidades do Brasil. No evento também teve muita orientação e informação por meio de palestras, workshops e outros formatos.  Pessoas renomadas e que incentivam o empreendedorismo nas comunidades estiveram presentes.

O brasileiro é criativo e trabalhador. Ele tem tudo para ser muito mais engajado ao empreendedorismo. Claro que políticas públicas devem ser fortalecidas para alavancar essa ideia. Empreender é crescer!

*Amaury Santana é contador e CEO da Andrômeda Contabilidade. Pós-graduado em Auditoria e Controladoria pela UNIFOA. Autor do e-book Guia Prático do Microempreendedor Individual.

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