Open Banking é uma excelente opção para o MEI

O projeto de compartilhamento de dados entre bancos tem a vantagem para o usuário escolher quem oferece as melhores taxas ou benefícios

Por Amaury Santana*

Desde o dia 15 de julho deste ano começou a valer a segunda fase do Open Banking. A primeira etapa iniciou em fevereiro de 2021 que só compartilhou de forma padronizada canais de atendimento e definições de produtos e serviços oferecidos. Mas você sabe o que significa esse projeto?

Open Banking é um sistema de compartilhamento de dados e movimentações bancárias regulado pelo Banco Central. O principal objetivo é oferecer mais autonomia e praticidade ao cliente para que escolha os produtos e serviços mais atrativos ao seu perfil.

Explicando de maneira mais prática, vamos usar o exemplo de que você é correntista de determinado banco e quer usar o cheque especial de outra instituição bancária. Ou então, quer pagar todos os seus boletos por uma conta, só que o dinheiro está em outro banco. Com o Open Banking você pode fazer transações bancárias entre contas de instituições diferentes de forma integrada.

Esse modelo já é adotado em países como a Inglaterra e tem sido uma boa referência para o Brasil. Para os bancos, a vantagem será que com uma competitividade do sistema bancário por conta do aumento da comunicação entre as instituições, produtos personalizados poderão ser lançados. 

O uso do Open Banking ocorrerá apenas se os usuários permitirem, ou seja, esse compartilhamento de dados acontecerá com o aval deles e respeitando sempre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Um outro detalhe é que a permissão na plataforma integrada é por partes, pois se define para quais finalidades os dados podem ser compartilhados e também se determina o prazo. O cancelamento na instituição em que houve a autorização pode ser feito a qualquer momento.

Para o Microempreendedor Individual é super vantajoso usar o Open Banking porque ele pode ter opções de taxas mais econômicas. A orientação é que o MEI pesquise sobre as melhores ofertas e tenha esse projeto de “banco aberto” como uma ferramenta para economizar, pois poderá haverá redução de custos fixos e aí sobra mais dinheiro para investir e/ou lucrar.

*Amaury Santana é contador e CEO da Andrômeda Contabilidade. Pós-graduado em Auditoria e Controladoria pela UNIFOA. Autor do e-book Guia Prático do Microempreendedor Individual.

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